quinta-feira, 16 de junho de 2011

Convite a vida privada


Elixir para curar a corrupção
Os boatos despejados na impressa brasileira atualmente sobre o enriquecimento de Antônio Palocci nas eleições de 2010 mostram o quadro caótico da política nacional. O presidente nacional do PT (partido dos trabalhadores), Palocci trabalhou na campanha de Dilma Roussef a presidência da república. As empresas dele faturaram 20 milhões apenas no ano de 2010. Os deputados tentaram abrir uma CPI (comissão parlamentar de inquérito) para investigar o enriquecimento suspeito de suas empresas.
Antonio Palocci não é um caso aparte nas recentes suspeitas de corrupção. Ele já vinha respondendo pela crise do mensalão que o derrubou em 2005. Mas as raízes da corrupção na América Latina é uma ferida aberta na história do continente, o Brasil não tem exclusividade nessa área, mas tem grande contribuição nesse cenário que ajudou a moldar. A corrupção mais comum na política é a de receber dinheiro para aprovar tal e tal projeto de lei, favorecimento em licitações públicas, apoiar candidatos que se eleitos favorecerão alguma empresa dentro do quadro de negócios brasileiros, etc.
Os lobbystas são os primeiros que podem ir para o quadro da vergonha política nacional. Eles estão sempre aonde se localiza interesse social e econômico. Estão sempre com as orelhas ligadas no cenário econômico e parasitando junto aos órgãos de tomada de decisão para influenciar (financeiramente) os políticos a defenderem seus interesses. Eles nunca descansam, sempre sugando dinheiro público em detrimento aos interesses nacionais.

Democracia mascarada
Os governos democráticos têm raízes na revolução francesa de 1789. Esses governos eram armas, que se achavam coerentes, para combater os reis absolutistas. Esses reis eram na maioria dos casos incompetentes em gerir seus países, gastavam muito com privilégios que a maioria da população não tinha e impunham leis arbitrárias e aumentava impostos apenas parte da população do país que pagava. Esse cenário é muito atual para a maioria da população brasileira. Os governos e a burguesia (substituída pela nobreza, que ascendeu ao poder junto com a revolução francesa, e agora parasita o cenário mundial) ajudam a acabar com aquilo que essa revolução e os iluministas tinham em mente, a igualdade. Quando os governos passaram da centralização para a distribuição de poder a ideia era compartilhar com o restante da população o poder de decisão. Na revolução pela independência, nos Estados unidos, o objetivo era fazer um governo que representasse o povo e suas necessidades. O que podemos perceber, na maioria dos governos democráticos, é um mascaramento dos interesses da burguesia em comparação ao interesses da maioria da população. Os governos, hoje, representam essa minoria que coloca dentro da casa do povo, câmara legislativa e o senado, lobbystas para defenderem interesses burgueses frente aos interesses do povo, e no caso do Brasil que a maioria das grandes empresas são filiais estrangeiras, os interesses nacionais.
Nesse cenário Palocci que foi afastado do governo pelo escândalo do mensalão ganha 20 milhões sem grandes esforços. A relação entre a burguesia e cidadão comum torna-se dispendiosa . A sociedade não tem como se defender desse crime oculto. Nas raras vezes que são revelados esses escândalos na mesma velocidade são abafados até o ponto de ninguém se lembrar mais deles e votarem nessa corja novamente nas próximas eleições. Assim os brasilienses elegeram o governador José Roberto Arruda, os alagoanos, Fernando Collor de Melo, os Maranhenses, José Sarney e muitos outros políticos que não se cansam de depor em CPI em passar momentos apagados para depois surgir nos braços do povo por obra de propaganda das mentes brilhantes da publicidade que faturam muita grana para tirar a imagem ruim dos políticos corruptos.

Comunicação e responsabilidade social
Publicitários, marqueteiros e a imprensa, que se aliam a essa categoria de político são também responsáveis pelas misérias que assolam o país. Os problemas com educação, infra-estrutura, meios de transporte, emprego, fome, dentre outras são fruto da ganância dos governos e dessas mentes que trabalham ardilosamente visando unicamente o bolso. Esse tipo de pensamente egoísta engessa as políticas que visam combater esses tipos de problema, porque não é por falta de dinheiro que o governo não consegue amortizar consideravelmente esses problemas já que o Brasil possui uma das maiores cargas tributarias do mundo.
Para combater a corrupção
Mas que falar desses casos a única arma efetiva de combate a corrupção não esta em apoiar os políticos pelo discurso, porque todos falarão praticamente a mesma coisa ou então por partido como mostrou o presidente Lula. Ele teve em seu governo os piores índices de escândalos de corrupção e já foi acusado várias vezes de trair os ideias que possuía antes de conseguir a presidência da república. A forma efetiva de impedir que, pelo menos políticos com a ficha tão suja como a de Antônio Palocci, entrem para o governo é destrinchar a pessoa privada, ou seja, investigar a fundo os políticos que estamos votando. Ir de encontro com sua vida particular. Como no caso os artistas que são ótimas pessoas atuando, cantando, etc. Mas na vida particular, na maioria dos casos, não passam de uns desajustados, loucos, desequilibrados, ou mau caráter que enganam direitinho quando estão frente às câmeras ao público. Pois os homens ainda são fruto do que refletem na vida privada, e isso diz respeito, sim, a cada brasileiro.

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